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Caminho Vivo

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Um programa para a pré-escola

Notas do tradutor:

Em todos os seus escritos Charlotte Mason defendeu os seis primeiros anos de vida da criança como um tempo de “crescimento tranquilo”, voltado para o despertar da curiosidade, observação e encantamento com o mundo. A maior quantidade possível de horas ao ar livre é sugerida.

No entanto, as escolas dirigidas ou supervisionadas por Mason recebiam crianças com cinco anos, às vezes menos. Eram filhos de trabalhadores que precisavam deixá-los aos cuidados de uma escola. Para estas crianças este programa foi criado. Ele está entre os artigos escritos aos pais das escolas que usavam o método de Mason. Data provavelmente de 1949, mas a data, assim como algumas palavras do texto original estavam ineligíveis. Foi gentilmente transcrito pela equipe do Currículo Ambleside Online.

O programa foi sugerido para crianças de 3 a 5 anos e dividido em estágios. Em cada estágio são sugeridos brinquedos e brincadeiras para as crianças. Em um segundo momento, são apresentadas leituras e atividades para crianças de 5 anos, denominadas “ocupações”.

É necessário ressaltar que este programa não é uma obrigatoriedade, mas uma adequação à realidade daquelas escolas. Charlotte Mason frisa que o maior aprendizado das crianças pequenas é feito através dos seus sentidos através da exploração interessada do mundo que o cerca.

Ainda assim, é interessante que as mães saibam como eram as classes pré-escolares nas escolas PNEU (nome das escolas). Em outro artigo da revista Parent´s Review é citado como todas as crianças menores de 6 anos estavam em uma só classe, sendo separadas em dado momento para atividades de alfabetização e ensino dos números as que tinham 4 e 5 anos e que demonstrassem interesse em ler e somar.

Making Nursery Toys, por Nancy Gatford (Moller 3/6)


BERÇÁRIO – até 3 anos

As crianças pequenas devem ficar ao ar livre em todas as condições meteorológicas possíveis, devem observar os animais, pássaros, insetos (ver Educação no Lar. Parte II.). Devem brincar em montes de areia. Deveriam ver fotos, cantar canções de ninar ou canções antigas. As primeiras idéias de Deus e da criança [ilegível] são dadas.

Consulte as páginas anteriores para livros que tratam especialmente do treinamento de crianças pequenas.

Agradecemos muito às mães do PNEU pelas sugestões. Uma escreveu: 

“As crianças têm uma maneira desconcertante de preferir algodão velho [ilegível] a brinquedos caros e inteligentemente planejados.”

A discrição deve ser usada, pois as crianças variam muito em relação à idade em que coisas diferentes os atraem. Eles precisam principalmente de variedade e simpatia. Eles devem aprender a brincar sozinhos com seus brinquedos e, desde o início, os jogos devem ser feitos com eles em um ambiente regular [ilegível]

ESTÁGIO I

Chocalhos, principalmente musicais. Cachos de pinos de osso para brincar e morder. Um anel de borracha “Cow and Gate” para pendurar uma fita em volta do pescoço do bebê, para morder. Um osso bem esfregado. O osso de borracha de um cachorro. Brinquedos para flutuar no banho.

O bebê adora uma folha de papel crackly colocada no final do berço ou do moisés para chutar. Ele gosta de chupar cordões de contas de madeira coloridas (de cores permanentes), que podem ser fixados na lateral do berço ou carrinho de bebê. Um catavento ou moinho de vento preso fora de alcance.

Os brinquedos sugeridos aos bebês entram nas categorias chocalhos e mordedores. Não encontrei o que seria o papel crackly mas entende-se que era um papel barulhento quando manuseado.

ESTÁGIO II

Carretéis de algodão vazios enfiados em um círculo de barbante ou soltos para deixá-los cair um a um em uma lata com um orifício na tampa. Uma caixa de música, não muito grande para o bebê segurar com uma das mãos. Um trompete. Um tambor. Um pandeiro. Uma bola brilhante não muito grande para agarrar. Rédeas com sinos. Livros Carboard. Uma lata velha e uma colher de pau. Caixas vazias e itens para colocar nelas; rolos de papelão e algo para jogar neles. Pirâmide de anéis de madeira. Mesa e cadeiras pequenas. Um animal sobre rodas. Rolo de jardim de brinquedo. Blocos (sólidos). Blocos de encaixe. Uma lata de conchas do mar, não pequenas . Grandes contas de madeira para enfiar em um cordão.

pág. 6

“Eu dou dois ou três brinquedos novos por dia e mantenho o resto em uma caixa. Um bebê logo fica entediado com os mesmos brinquedos dia após dia – além de que ele gosta de espaço para rastejar no chão do cercadinho.”

Jogos

Pat-a-cake. Rong-o’-roses. Monte um cavalo. Esconde-esconde (elementar).
Brinquedos para puxar (devem ser feitos de material sólida e postos no chão). Quebra-cabeça elementar com 7 ou 8 figuras que podem ser retiradas e substituídas com um botão.

Neste estágio temos manipuláveis: livros cartonados, blocos grandes, latas onde possa tirar e por objetos, peças de encaixe. Também começam as brincadeiras responsivas e com palmas.

ESTÁGIO III

Brinquedos (menino e menina)

Urso Teddy. Animais de pelúcia. Blocos. Um “kiddicar” (melhor do que uma bicicleta a pedal). Tesouras sem corte para cortar catálogos comerciais. Grandes contas de madeira coloridas para enfiar. Brinquedo de martelo. Motor de madeira. Carrinhos e animais para arrastar. Tubos de bolhas de sabão. balde e pá e regador. Quadro-negro e giz. Um quebra-cabeças mais avançado. Tijolos. Caixa de areia no jardim. Carrinho de mão. Banho em água rasa ao ar livre.

Meninas

Uma boneca de borracha ou outra inquebrável, vestida (não de branco) exatamente como a própria criança. Botões de pressão ou ganchos são os fechos mais fáceis para mãos pequenas gerenciarem. Carrinho de bonecas. Conjunto de chá de bonecas, cadeira alta e outros móveis, não muito pesados.

Rapazes

Minic Toys (todos os preços). “Picabrix”, um brinquedo de construção em madeira graduado.

Estes bricks me lembram nossos legos e blocos pequenos de construção.


PARQUINHO – 3 a 5 anos

Crianças menores de cinco anos devem ficar ao ar livre em todos os climas possíveis. Elas devem observar animais, pássaros, insetos (ver Educação no Lar, Parte II.). Deveriam contar tudo o que vêem: brincar em montes de areia. Deve haver um cronograma móvel. Muita atividade, sempre por períodos curtos, deve ser a regra, junto com descansos freqüentes, durante os quais devem ver fotos e ouvir contos, como “João e o pé de Feijão”, “Cinderela”, histórias bíblicas, fotos, versos. As crianças deveriam ter muitas Rondes, como “Veio três duques cavalgando”, “Lá vamos nós colhendo nozes em maio” (jogos antigos para escolher, nãoCanções e jogos do jardim de infância.); na verdade, todas as peças de dança. As letras devem ser aprendidas – em ordem alfabética e soadas foneticamente. São fornecidas as primeiras idéias de número, com algumas contagens, digamos até 20. Seguem-se sugestões para ocupações, digamos para um total de 45 minutos por dia aos quatro anos de idade.

Esse cronograma móvel me parece ser um quadro de rotina para visualização pela criança.

As rondes são nossas conhecidas cantigas de roda com coreografias.

Nesse estágio podemos começar o ensino das letras e dos números. As sugestões de materiais foram listadas abaixo na seção “ocupações”.

pág. 7

Meninos e meninas.

Pular corda. Gangorra. Tenda no jardim. Aro. Futebol americano. Tinta, livros de desenho, giz de cera, livros de pintura, Plasticina; playwax é mais limpo, mas mais difícil de usar. Dominó. Cartões instantâneos. Bonecos e móveis de bonecos, etc. Quadros de estacas. Criação de imagens: imagens cortadas e coladas. Qualquer forma simples de bingo. Uma pequena maleta. Motores. Fantasias. Instrumentos para banda de percussão. Ferramentas de jardinagem. Uma pá de lixo e escova. Esfregão e vassoura. Rolo da massa e cortador de pastelaria. Fazendinha. Trens com vagões destacáveis. Morors. Tijolos. Quebra-cabeças simples: cartões-postais cortados em quatro ou mais peças com formatos fáceis.

A plasticina e playwax são semelhantes à massinha de modelar, mas endurecem após moldados.

Não encontrei o significado de “Morors”

[Ilegível]

Berço de boneca e roupa de cama. Bonecas de borracha que podem ser banhadas. Roupas de bonecas de todos os tipos. Cabideiro em miniatura, ganchos, linha e ferro.

Jogos

Como antes, só que mais agitados. Procure o dedal. Cabra-cega. Esconde-esconde. Cavalos. Casas. Chá de bonecas, etc.

OCUPAÇÕES

Fotos para conversar

Livros ilustrados: grandes figuras com poucos detalhes: livros com folhas cartonadas. Rimas ilustradas, contos de fadas, histórias de animais.
Imagens do Novo Testamento (Lutterworth Press, 1 1 / 2d. Cada).

Histórias da Bíblia em conexão com imagens. A discrição deve ser usada tanto no assunto quanto na apresentação.

[páginas 8 e 9 estão faltando]

pg. 10

New Testament Pictures (Lutterworth Press, 1 1/2 d. each).
Shaw’s Wall Pictures ilustrado. Old and New Testament Stories (ver catálogo, preço 2d., de McDougall’s Educational Supply Co., Ltd., 80-82, Great Junction Street, Edinburgh).
Zoo Man Favourites, por D. Seth-Smith (Littlebury 20/6).
Wild Animals at Home, Animals that Help Us, Feathered Friends of Field and Forest, Feathered Friends of Streams and Shore, by E. Helme.
Shaw’s Child Life in Other Lands Wall Pictures, 20×50.

Histórias para ler

Os itens de 1 a 4 compreendem listas de indicações de livros, muitos deles ilustrados. São histórias bíblicas, de heróis, de santos, contos, lendas, e também livros infantis sobre história, ciências e geografia.

1. Histórias Bíblicas
The Life of Jesus of Nazareth, in the Gospel words, with ninety illustrations, de W. Hole.
The Gospel Story and Those who Wrote It, de J. H. Crowley (fora de edição); para uso dos professores somente.
Stories Jesus Heard, de B. Krall (Carwal Publications 3/6).

2. Contos de Santos e Homens Bons
In God’s Garden, de Amy Steedman.
Stories of Favorite Saints, de B. Krall (Carwal Publications 3/6).


3. Contos de fadas, lendas, fábulas
English Fairy Tales organização por J. Jacobs (Muller 10/6).
The Little Black Hen, an Irish Fairy Story, de Eileen O’Faolain (O.U.P., 6/.).
Rusty Fox goes to the Banquet, deMargaret Ross (Museum Press, 8/6).
The Grey Rabbit Books, de Alison Uttley (Collins 3/6 each).
Little Toot, Pictures and Story of a Tug, and Loopy, an Aeroplane, de Hardie Gramatky (Dent 6/. each).
The Story of Benjamin Scarecrow, de Joy Parker (Heinemann, 8/6).
Lucy and the Little Red Horse, and other stories de Gwendy Caroe (de la More Press 7/6).
Towelina. A Doll you can make yourself (Foulsham 6/.).
A Little Silk Apron, The Mole’s House Warming, The Flickerdick de Dorothy Richards (Wills and Hepworth 2/6 each).
The Story of Timothy Twitter, and The Story of Mr. Prettimouse, de M. Alleyne (Warne, 3/6) each.
Winnie the Pooh e outros da série, de A. A. Milne.
The Baker Books, de Margaret e Mary Baker.
40 Goodnight Tales, e outros de Rose Fyleman.
Old Deccan Days: Hindoo Fairy Legends, de Mary Frere.
Rama: A Little Boy of India de W. Hemmens (Carey Press 2/6).
Teddy Tells You. (The Royal Society for the Prevention of Accidents 1/.).


4. Histórias de História, Geografia e História Natural
Far Round the World and Round the World, short stories and pictures, de Mary Entwistle (fora de edição).
A Nursery History of England (Nelson, 12/6), com um grande número de ilustrações coloridas; ou The Foundations of History, Pictures and stories of our Land, de R. Wilson (Nelson, 2/9).
Piers Plowman Histories, Junior Book I. (Philip, 2/2), Pictures and Stories of World History.
Stories of Great People (O.U.P. 3/6).
Round the Globe:The Foundations of Geography, Book I., de B. G. Hardingham (Nelson, 2/8).
Creatures Great and Small de Aileen Henderson (Carwal 4/.).
In the Wilderness (Wills and Hepworth, 2/6).

Versos para ouvir e aprender

Rimas antigas
Um jardim de versos, de Robert Louis Stevenson
We Come A’Piping, Book I., de R. Fyleman (Blackwell, 1/4).
Very Young Verses, de A. A. Milne (Methuen) 2/.).

Hinos para cantar e aprender. Orações.

Songs of Praise for Little Children (Oxford, 2/9).
Good and Gay, a picture book of Prayer and Praise, de Mary Osborn (S.P.C.K., 2/6).
All Our Friends: A World Picture Book of Prayers, de P. L. Garlick (C.M.S., 4/6).
My Own Picture Prayer Book (S.C.M. 3/.). Um livro para levar à igreja

Canções. Jogos ritmados

Canções tradicionais. Jogos musicais.
Birds and Beasts, An album of songs with music, de Percy M. Young (E. J. Arnold 2/6).
The Playway to Rhythmics, de A. W. I. Chitty (Paxton, 2/6).

Leitura e escrita.

Os próximos itens são livros e materiais para alfabetização. Livros de atividades e para leitores iniciantes. Alfabeto em madeira, cartões com as letras e jogos com palavras simples.

The Beacon Readers: New Approach, Picture Book (1/.); New Introductory Book (1/2), com Work Book (7d). Ver educação no lar, pp 214–222 [as páginas variam na nossa tradução. Compreende a parte V capítulo VI: leitura à vista e ao som]. New Word Building Box (Philip and Tacey 1/8).
Writing and Writing Patterns, de Marion Richardson (U.L.P., Book I. (1/5). Hinged Cards, sets A and B (6d. each).
Letter and Reading Games (para as classes), de Jane Spencer (Macmillan, 2/6).

Números.

O livro sugerido para ensino dos números está disponível aqui, caso queira visualizar. As atividades compreendem o conceito de número, e operações simples com números de 1 a 20. O trabalho é praticamente todo oral.

Grant’s Practical Arithmetic for Infants (Grant, 2/6). Instruções muito claras aos professores.
Number, de Mrs. I. Stephens (P.N.E.U. Office, 4d.).
[ilegível; Five Hundred?] Games and Pastimes, de E. V. Lucas.
Caixa de blocos: em madeira ou pedra lisa.
Quebra-cabeças simpes. “New Treasure” Plywood Puzzles. Grade II. (20 peças); Grade III. (40 peças) (Philip & Tacey 2/1 1/2 each).


Ilustrações para pintar e colorir a giz

Devem ser escolhidas imagens em negrito e sem sombreamento.
(A) giz de cera colorido, (b) giz (P.N.E.U., 11d. Uma caixa). Pincéis. Frascos de cores primárias (P.N.E.U., 1/3 cada); pinturas grandes e gratuitas em folhas de jornais que podem ser caiadas de branco, se desejado. A Woolworth’s e outras lojas vendem livros com grandes esboços adequados para preenchimento com flat wash.
As crianças pequenas podem misturar todas as cores em uma caixa de dor. A princípio, pode ser melhor pegar tubos de tinta aquarela nas cores primárias e um bom pincel e espremer cerca de um quarto de polegada de cada cor em um prato grande. Assim, a criança pode fazer o arco-íris sem estragar o suprimento principal. Giz grossos são mais fáceis de usar.


(j) Artesanato Simples; materiais, ferramentas.


101 coisas para os pequeninos fazerem (Batsford 7/6).
Recortando e colando: – Catálogos antigos, cartões de Natal, amostras de papel de parede, fotos. Figuras recortadas, etc., coladas em papelão fino, formas de papel colorido em papel branco ou marrom, para fazer padrões e imagens. Álbuns de recortes simples com folhas dobradas de papel pardo. Silhuetas de sombra recortadas em papel e coloridas.
Rasgo de papel: em qualquer papel adequado com ou sem goma. As silhuetas rasgadas de barcos, ursos de pelúcia, etc., podem ser coladas no jornal e coloridas.
Cartões de costura: podem ser feitos traçando figuras de livros de canções infantis em cartões postais, pintando-os e fazendo furos para os fios. Os algodões coloridos da Woolworth e vários fios e lãs para remendar podem ser usados.

Algo muito semelhante aos nossos modelos de alinhavo.


Modelagem: Aloplast. Plasticina. Miçangas coloridas, tesouras sem ponta, agulhas grandes, algodão e lã grossos, tela grossa. Ráfia para entrelaçar e recortar sobre tela ou para revestir formas de cartão. O algodão da cozinha não é racionado. A Woolworth’s e outras lojas vendem sucatas úteis para a fabricação de brinquedos. Ferramentas de carpinteiro. Meninos de caixa de fósforos simples.
Bacia ou banheira em casa ou um pequeno lago ao ar livre, para barcos à vela e jangadas. Isso produz engenhosidade em matéria de viagens e a invenção dos barcos de cortiça com velas de papel, e passageiros de plasticina.
Deve-se permitir que as crianças “ajudem” na casa e no jardim. Elas podem trabalhar ao lado de um adulto. Podem ajudar a limpar e definir locais para uma refeição. Podem ter sua própria horta para cavar e devem ajudar a cuidar dos animais.
[Uma “caixa Holdall”, para manter os materiais de cada criança arrumados, pode ser obtido no P.N.E.U. Escritório, 2 /.].

Ambleside, verão de 1949 [ano não é completamente legível]

Artigo original em Ambleside Online

Tradução: Lízie Henrique

2 comentários em “Um programa para a pré-escola”

  1. Estou tão grata a Deus por sua vida Lizie!!! Meu coração está ardendo para aplicar o HS.
    Meus filhos já estão na escola e me sinto atrasada, mas com sua ajuda estou encorajada! Até o fim desse ano, estudarei o máximo possível e se Deus permitir ano que vem começo essa experiência divina no meu lar!

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